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Adaptação Escolar

07/02/2019

Mudar é a única constante na trajetória humana. Estamos o tempo todo em constante transformação, o que requer sempre reorganizar-se, reinventar-se, redescobrir-se.
Mais do que os adultos, as crianças são naturalmente mais sensíveis a situações em que o novo se apresenta.
Um bom exemplo são as mudanças que ocorrem durante a vivência escolar. O início é uma experiência desafiante para as crianças. Novo espaço, novas pessoas, novas regras, novas rotinas e um momento de ficar longe dos pais por uma boa parte do dia. É sem dúvida um tempo de fortes emoções, de descobertas do novo. E por isso, um tempo de inseguranças e incertezas trazidas pelo desconhecido.
Para lidar com situações de adaptação escolar das crianças, como trocar de sala ou de escola, mantenha o diálogo aberto.
Seja qual for o tipo de mudança — de sala dentro do mesmo colégio, de ano escolar, de instituição de ensino, ou até mesmo o ingresso na vida estudantil — e faixa-etária da criança, é muito importante que a família converse com ela sobre a nova situação.
Por isso, uma conversa franca e condizente com a capacidade de compreensão de cada criança pode ajudá-la a entender e a aproveitar a nova circunstância a que é chamada a viver.
Passar a limpo, ao final do dia, as experiências acumuladas, permitir à criança falar de seus medos e dificuldades, com acolhimento e positividade, são práticas que facilitam metabolizar novos paradigmas e degustar o vivido.
Com as crianças muito pequenas, conversar pode não surtir muito efeito inicialmente, mas, com o passar do tempo, essa prática fortalecerá o vínculo da família com a criança, ajudando-a a perceber com mais naturalidade e leveza as transições da vida.
Acolha o desconforto. Como em toda abordagem feita no universo infantil, manejar a adaptação escolar demanda paciência. Cabe aqui colocar que é bastante comum mudança de humor e comportamento durante o período de adaptação. Algumas crianças podem chorar mais do que normalmente o fazem quando estão em casa, solicitar maior atenção, apresentar dificuldade e resistência em adormecer, alterar o apetite ou demonstrar uma maior irritabilidade diante de algum posicionamento de seus pais. E tudo isso, acreditem, faz parte deste processo pelo qual estarão passando. É fundamental que os pais mantenham-se seguros e tranquilos, pois estas manifestações são passageiras.
Muitas vezes, a família sofre tanto quanto a criança. É fundamental que a família exercite sua empatia para com as crianças, que habitualmente sentem o novo com mais intensidade — o que é maravilhoso!
O desconhecido causa desconforto, mesmo que só no começo, mas, se reconhecido e autorizado, vai dando lugar ao entusiasmo, à curiosidade e à vontade de experimentar, tão vivos na criança. Por outro lado, é importante que a família se mantenha firme na tarefa de trabalhar na criança a percepção da mudança como necessária e favorável a ela.
A integração entre família e escola é crucial para uma boa adaptação e para o afloramento das potencialidades da criança e a ampliação da experiência da educação.
Conversar sobre a vida escolar da criança, estabelecendo um canal aberto, pelo qual as informações fluam sem embaraços, é o que apoia iniciativas de apoio e estímulo à criança em sua individualidade.
Família e escola podem, juntos, encontrar estratégias que facilitem a inserção da criança no novo ambiente escolar. Confie na escola e seu filho confiará também!
Manter este alinhamento permite conhecer a construção da identidade infantil em função dos meios em que está, das convivências e estímulos ao seu redor.
Educar é corrigir e oferecer exemplos, mas também acompanhar o desenvolvimento da criança dentro daquilo que nela é único e que, bem conduzido, levará a uma existência plena e com sentido!





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